Intenção de Consumo das famílias da capital registra o menor índice do ano

Intenção de Consumo das famílias da capital registra o menor índice do ano

A pesquisa sobre a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Maceió registrou, em outubro, o menor índice de 2014: 125 pontos; redução de 3,2% em relação ao mês de setembro, quando alcançou 129,1. Os dados foram levantados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisados pelo Instituto Fecomércio AL de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD).

Após o mês de junho, quando alcançou a segunda maior pontuação do ano, o ICF apresenta contínua queda. Para o Instituto Fecomércio AL, a redução dos últimos meses tem como principais fatores o encarecimento do crédito ao consumidor e as compras realizadas no passado recente, principalmente na aquisição de bens de consumo duráveis, como automóveis e eletrodomésticos. Entretanto, a expectativa é de que com a aproximação do final do ano, a intenção de compra dos consumidores da capital volte a crescer em função das comemorações do período.

Observando o comportamento do consumidor e avaliando o cenário geral de nossa economia, o consultor econômico da Fecomércio AL, Fábio Guedes, pondera que o volume de vendas do comércio varejista alagoano cresceu 7,6%; duas vezes mais que o Brasil (3,6%), conforme apresentou o IBGE em sua Pesquisa Mensal do Comércio publicada para agosto. O especialista lembra que de janeiro a agosto desse ano, o varejo avançou 6,5% no Estado, só ficando atrás do Maranhão (7%) e Ceará (6,9%).

“Caso continue nesse ritmo, o comércio alagoano poderá ter um resultado satisfatório no final do ano, com desempenho acima do alcançado por outros estados nordestinos. Nesse contexto, pode até superar a expectativas de geração dos cerca de 500 empregos temporários”, avalia Guedes, fazendo referência à pesquisa recente da CNC sobre a geração de empregos temporários no setor de comércio, na qual projetou que Alagoas deve abrir 491 novos postos de trabalho.

Indicadores

O ICF de outubro, quando comparado ao mesmo período do ano passado, demonstra um recuo foi de 11,3%. Na média anual, o indicador do consumo alcança 132,3 pontos, aproximando-se da registrada em 2013 (134,6).

Na avaliação quanto ao nível de consumo atual, 40,5% dos entrevistados disseram que sua família está consumindo menos, enquanto 37,7% afirmam um consumo maior e 21,4% disseram que estão comprando a mesma coisa. Dentre as famílias que mais consomem, 54,7% têm renda mensal superior a 10 salários mínimos. Abaixo dessa faixa salarial, a retração no consumo é de 41,6%. No tocante à avaliação quanto ao acesso a crédito, o indicador alcançou 132,3 pontos (em setembro, a pontuação registrada foi de 146).

Mesmo diante de um cenário de consumo menor, alguns indicadores que compõem o ICF tiverem desempenho positivo. Houve melhoras na avaliação das perspectivas profissionais, com 105,9 pontos (em setembro foram 101,6) e no nível de satisfação com o emprego atual, que registrou a pontuação de 129,8 (no mês anterior foi 127,5).

Para conferir os dados desta pesquisa na íntegra, acesse o site do Instituto Fecomércio AL www.fecomercio-al.com.br/ifepd

Fecomércio

Author Description

Redação

Sem Comentários ainda.

Participe do debate