BC projeta redução em tarifa de telefonia fixa e aumento no preço da energia

No Relatório de Inflação, divulgado hoje (29), consta também informações sobre a inflação
BC projeta redução em tarifa de telefonia fixa e aumento no preço da energia

O Banco Central projeta redução de 6,3% nos preços das tarifas de telefonia fixa e aumento de 16,8% nas de eletricidade, este ano. A informação consta do Relatório de Inflação, divulgado hoje (29).

Para o conjunto dos preços, a estimativa é 5%, mesmo valor considerado no relatório divulgado em junho. Essa projeção inclui variações ocorridas, até agosto, nos preços da gasolina (0,2%) e do botijão de gás (0,3%), além das projeções para telefonia fixa e eletricidade.

Em 2015, o reajuste dos preços administrados deve chegar a 6%, mesma projeção anterior. Em 2016, a estimativa é 4,9%, ante 4,5% previstos em junho.

Inflação

O BC revisou a projeção para a inflação este ano. Na estimativa, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 6,3%, 0,1 ponto percentual abaixo da projeção do BC divulgada em junho, de 6,4%.

Em 2015, a inflação deve recuar e encerrar o período em 5,8%, ante 5,7% previstos em junho. Em 12 meses acumulados no final do terceiro trimestre de 2016, a projeção ficou em 5%.

Essas projeções são do cenário de referência, em que o BC levou em consideração informações disponíveis até o último dia 5 deste mês para fazer as estimativas. Nesse cenário, foram considerados o dólar a R$2,25 e a taxa básica de juros, a Selic, em 11% ao ano.

O BC também divulga os dados do cenário de mercado, com estimativas para a taxa de câmbio e a Selic. No cenário de mercado, a previsão para a inflação também neste ano é 6,3% – 0,1 ponto percentual abaixo da estimativa de março (6,4%). Em 2015, a projeção é 6,1% e, em 12 meses acumulados no final do terceiro trimestre de 2016, 5,2%.

As estimativas de inflação estão acima do centro da meta, de 4,5%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem como limite superior 6,5%.

Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic. Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.

O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A Selic passou por um ciclo de nove altas seguidas, até abril, quando foi ajustada para 11% ao ano. Em maio, julho e setembro, o Copom decidiu manter a Selic em 11% ao ano.

No cenário de referência, reduziu a probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior da meta, este ano. Essa probabilidade ficou em 37%, este ano, e em 2015, em 31%. Em junho, essa probabilidade era 46%, este ano, e 30%, em 2015.

No cenário de mercado, essa probabilidade ficou em cerca de 37%, este ano, e em 39%, em 2015. Em junho, essa probabilidade estava em 48% e em 38%, respectivamente.

Agência Brasil

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