
Na reta final de campanha vale tudo para tentar mudar os rumos da eleição. As pesquisa nem sempre acertam 100%, mas dão sempre um “norte” de como anda a vontade do eleitor. Faltando menos de duas semanas para o dia da votação, somente um fato no novo poderia alterar o quadro eleitoral em Alagoas, de acordo com a opinião de analistas e cientistas políticos.
O momento é o melhor para se tentar criar alguns fatos. A terceira e última roda de pesquisas para o governo será realizada a partir do próximo final de semana e, nos próximos sete dias serão realizados dois debates na TV entre os candidatos ao governo: no próximo dia 25 na TV Pajuçara e no próximo dia 30, na TV Gazeta.
Sem nada relevante pela frente, a coligação do candidato do PP, Benedito de Lira, parece tentar uma última cartada, um último recurso, que poderia ser capaz de confundir a cabeça do eleitor e embaralhar o resultado da eleição. Para quem conhece o mundo político e jurídico, a decisão, mesmo que pudesse ter algum embasamento legal, beira ao “desespero”.
A ação
Os advogados que representam a coligação a coligação “Juntos com o povo pela melhoria de Alagoas”, do candidato PP ao governo, Benedito de Lira, entraram com pedido de cassação do registro de candidato de Renan Filho (PMDB) e do seu candidato a vice, Luciano Barbosa.
A ação, do advogado Marcelo Brabo, foi encaminhada à Justiça Eleitoral, na segunda-feira, 22, e ganhou “repercussão” em sites e portais alagoanos neste terça-feira a noite.
Na ação o advogado alega que Renan Filho participou, no último dia 16, de inauguração de um estádio em Satuba – o que seria vedado pela Lei 9.504/97, que proíbe a participação de candidatos em inaugurações de obras públicas três meses antes das eleições.
A base da ação é uma postagem na página de Renan Filho no Facebook. A assessoria do candidato registrou a participação dele em um jogo no estádio. Num “deslize” a assessoria postou que teria sido a “inauguração”.
Mas, pelo que se viu logo a seguir, não foi. No dia seguinte uma, uma nova postagem mostra placa de inauguração do estádio, que foi realizada um mês antes, no dia 17 de agosto.
Apesar dos fatos, a coligação de Benedito de Lira decidiu levar adiante a ação que foi classificada, nesta terça-feira, na imprensa, como “natimorta” pelo advogado Luciano Guimarães, da defesa de Renan Filho.
Segundo o advogado, o evento em que Renan Filho participou não foi um ato de inauguração: “foi um erro de um funcionário na página do candidato”, resumiu. Luciano disse ainda que a coligação de Biu de Lira pode ser punida “por movimentar a máquina judiciária com uma ação como essa”.