
Basta olhar para o Guia Eleitoral das eleições de 2014 em Alagoas para enxergar a preparação do embate de 2016 na capital do estado.
Os dois nomes mais fortes, politicamente, da atualidade em Maceió – Cícero Almeida e Rui Palmeira – estão “plantando” agora para colher nas eleições municipais daqui a dois anos.
Cada um “planta” na sua própria horta eleitoral.
Candidato a deputado federal pelo PRTB, Cícero Almeida deve ser – é o que apontam os analistas – o mais votado em Maceió. O ex-prefeito apoia Renan Filho (PMDB) e Fernando Collor (PTB) para o governo e o Senado. Se os três forem eleitos, “Ciço” tem tudo para chegar a 2016 com muita força.
Já Rui Palmeira que no início estava tímido decidiu subir no palanque. O atual prefeito entrou na campanha pedindo votos para Rodrigo Cunha, candidato a estadual pelo PSDB, para JHC (SD), Maurício Quintella (PR) e Pedro Vilela (PSDB), candidatos a federal, Benedito de Lira (PP) e Omar Coelho (DEM), candidatos ao governo e ao Senado.
As melhores chances entre estes candidatos, hoje, estão – aponta as pesquisas – entre os proporcionais.
O desempenho dos candidatos que o prefeito apoia em Maceió em 2014 será decisivo para as eleições de 2016.
Cenários
O futuro governador, seja ele quem for, terá grande peso eleitoral nas eleições de 2016.
Se o eleito for Renan Filho, a base terá mais dois senadores e uma bancada de seis a sete federais – entre estes devem estar Ronaldo Lessa e Cícero Almeida, ex-prefeitos de Maceió.
Se o eleito for Benedito de Lira, base do governo terá um senador e dois a três deputados federais.
Por isso tem muita gente apostando, nos bastidores que Rui Palmeira vai precisar, no mínimo, assumir o controle do PSDB estadual e sair em busca de novas alianças para encarar uma campanha à reeleição.
Claro que vai pesar – e muito – daqui para lá a aprovação do atual prefeito. Quanto melhor avaliado for Rui Palmeira, menores serão as chances de Cícero Almeida. Mas hoje, enfrentando aperto financeiro e cortando gastos, o prefeito enfrenta desgastes. A seu favor Rui tem o tempo para fazer ajustes na equipe e para melhorar a atuação principalmente na realização de obras. Quanto a Almeida, ele ficará “assistindo” tudo, se eleito, lá de Brasília.