A dúvida acabou. Teotonio Vilela Filho decidiu apresentar um nome para substituir Eduardo Tavares na chapa majoritária do PSDB. A escolha deve ser anunciada até o começo da próxima semana.
Na última sexta-feira, 25, o governador participou de reunião de emergência com a diretoria executiva estadual do PSDB em Alagoas. Foi um encontro para avaliar o “estrago” provocado pela renúncia de ET e para decidir o que fazer.
O que se definiu, a princípio, foi unificar o partido em torno da candidatura de Aécio Neves e da chapa proporcional. A escolha de um nome para a vaga deixada por Tavares ficou em aberto. Um grupo com grande peso no partido defende que o PSDB não tenha mais candidato ao governo. Vilela chegou a pensar em aceitar opção, mas se convenceu – ou terá sido convencido? – que não pode abrir mão de preciosos minutos no guia eleitoral.
Nesta quarta-feira,30, o governador avisou aos assessores mais chegados que vai apresentar um candidato a governador, nem que seja apenas para defender seu governo.
A ideia é aproveitar a estrutura já montada para a campanha de ET – o que inclui marqueteiro, estúdio de rádio e TV, equipe de mídias sociais etc etc etc – para realizar a campanha de um candidato que teria a missão de defender “o legado” do governo Vilela.
Decidido o que, falta agora quem.
O nome natural, avisa Álvaro Machado, é o de Gilvan Barros. O candidato a vice-governador, no entanto, já teria avisado que não quer. Mas tem quem queira. Um dos nomes que está sendo “sondado” é o vereador de Palmeira dos Índios, Júlio César.
O PSDB terá, a partir desta quinta-feira, 31, mais 8 dias para pedir o registro de um substituto de Tavares. Se não apresentar o nome no prazo, o partido fica fora das eleições majoritárias.
Impacto possível
Que ninguém se engane. O PSDB, apesar de toda a fragilidade aparente, ainda pretende fazer barulho nas eleições deste ano em Alagoas. Tanto que tem “mentes” importantes em busca de candidatos que sejam ao mesmo tempo competitivos e leais a Vilela.
Um nome que poderia ser pinçado, acredita um dos principais assessores do governador, seria o do ex secretário Luiz Otávio Gomes.
“Ele poderia representar o equilíbrio desta eleição, atraindo com sua reconhecida capacidade de gestão uma fatia importante do eleitorado. O problema, pelo que sei, é que o próprio Luiz Otávio não quer ser candidato. Pelo menos não agora, depois de tudo que houve”, explica.
Movimento pró liberação
Vários líderes importantes do PSDB defendem que o partido não tenha mais candidato ao governo – ou que se tiver, que libere os tucanos para votar em quem quiser. É o caso do presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Toledo. Ele não é candidato a nada, mesmo assim defende que o partido não apresente mais candidatos majoritários. Dessa forma, explica, ninguém ficará constrangido em subir em outros palanques.
Toledo cita alguns casos de outros deputados do PSDB que já estão com outros candidatos, faz tempo: É o caso de Joãozinho Pereira, que apoia Benedito de Lira e Val Gaia, que vota com Renan Filho. “O melhor mesmo é liberar. Eu mesmo, como todos sabem, tenho um compromisso com Alexandre Toledo que é meu primo e voto com ele”, pondera.
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