Maior dívida do Grupo JL é com fornecedores e trabalhadores

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2014/03/joão-lyra-falencia.jpgMaior dívida do Grupo JL é com fornecedores e trabalhadores

A dívida reconhecida pela Justiça alagoana da massa falida da Laginha Agroindustrial S/A, o Grupo João Lyra, passa dos R$ 2 bilhões.

Levantamento feito pelo blog mostra que 30% dos débitos são relativos a tributos federais (aí estão incluídos os encargos sociais, a exemplo do INSS), estaduais e municipais.

No total, a Laginha deve R$ 612 milhões em tributos, sendo R$ 462 milhões de dívida antes da recuperação judicial (2008) e mais R$ 149 milhões de débitos após a recuperação judicial.

As dívidas com os bancos (veja quadro abaixo preparado pelo blog), com garantia real, somam R$ 665 milhões. São apenas 22 credores, entre eles duas instituições oficiais  – o Banco do Nordeste (R$ 136 milhões) e o BNDES (R$ 39 milhões).

Considerado esses números a dívida do grupo com a União  (tributos mais bancos) chega a R$ 688 milhões. Se considerarmos o setor público a dívida passa dos R$ 830 milhões.

O maior número de credores do Grupo JL está entre os chamados quirografários, débitos sem garantia real e os trabalhadores.

Na lista apresentada pela Justiça, são mais de 700 fornecedores de cana, além de fornecedores de produtos e serviços que tem dívidas de todo do tamanho, totalizando R$ 628 milhões. A dívida trabalhista, de R$ 121 milhões, é relativa a débitos com mais de 5 mil trabalhadores das usinas de Alagoas e Minas Gerais.

O valor devido a fornecedores e trabalhadores chega, portanto, a cerca de R$ 750 milhões e pode ser liquidado com a venda de parte da empresa.

A venda dos ativos (usinas Guaxuma, Laginha e Escritório Central) aprovada na assembleia de credores, realizada no último dia 17 de julho, em Coruripe, seria suficiente para pagar a todos os trabalhadores, fornecedores e pequenas empresas e ainda sobraria dinheiro para o grupo renegociar seus débitos com bancos e com o governo.

Os três bens foram avaliados em cerca de R$ 1,25 bilhão. Se forem vendidos em leilão, a prioridade é pagar os trabalhadores. Em seguida começa a renegociação com outros credores. Grandes bancos e governo devem ficar por último.

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Redação

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