Usineiros estão sem grana para bancar eleição em AL

Usineiros estão sem grana para bancar eleição em AL

Quando concorreu pela primeira vez, em 1986, disputando o Senado, o empresário João Lyra ajudou a espalhar o mito por toda Alagoas de que as usinas e os usineiros tinham dinheiro para mudar a vontade do eleitor e influenciar o resultado de qualquer eleição.

Por conta do ‘modus operandi’ de JL o ex-deputado Mendonça Neto, que também concorria ao Senado, espalhou a história do “homem da mala preta” – era a uma mala cheia de dinheiro para comprar votos.

Os dois perderam a eleição, a despeito do dinheiro gasto ou discurso anti poder econômico. Exceto os casos de fraude, o que sempre decidiu eleição majoritária em Alagoas nos últimos a nos foi a vontade popular.

Ainda assim nenhum candidato chegou ao governo de Alagoas nos últimos anos sem a ajuda do setor sucroalcooleiro.

Enquanto o apoio público sempre foi recusado, o dinheiro dos usineiros (e qualquer outro) sempre foi bem recebido por candidatos em Alagoas. Políticos de esquerda, centro ou direita, sempre beberam da mesma fonte.

Mas nesta eleição, a fonte parece ter secado.

Conversei com acionista de um dos mais importantes grupos do setor sucroalcooleiro de Alagoas. Ele me disse que as usinas não devem financiar candidatos em Alagoas este ano. Ao menos não como antes: “a crise é tão grande que não dá sequer para pensar nisso”, resume.

O empresário acredita que a ajuda financeira, se sair, será pequena e apenas para candidatos majoritários e feita através de entidades que representam todo o setor – e pronto.

Exceção

Toda regra, claro, tem suas exceções. Alguns grupos que tem candidatos entre seus acionistas – caso da Seresta e Grupo Toledo – farão um esforço extra para ajudar candidatos proporcionais.

Afora disso, a ajuda será pontual, em função  de interesses localizados.

Origem

Construtoras e outras grandes empresas com interesse no setor público, grandes empresas com atuação em Alagoas e bancos devem  ser os grandes financiadores dos  candidatos nas eleições  deste ano.

Claro que tudo isso vale para o financiamento legal das campanhas. Até porque, como se sabe, alguns candidatos proporcionais recorrem ao próprio dinheiro, a dinheiro de agiota e de outras fontes ilegais para custear sua campanha.

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Redação

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