Assembleia de credores avalia plano para quitação de dívidas do Grupo JL

Assembleia de credores avalia plano para quitação de dívidas do Grupo JL

Suspensa no dia 10 de junho deste ano, “por falta de consenso”, a Assembleia de Credores da Massa Falida da Laginha Agroindustrial S/A terá continuidade nesta quinta-feira, 17, a partir das 10h00 no Clube do Povo, em Coruripe.

O advogado Everaldo Patriota, que representa alguns credores locais, explicou à época que o adiamento se deu em função da necessidade de apresentação de um “plano de gestão”. Os administradores judiciais vão apresentar aos credores um planejamento para pagamento das dívidas estimadas em  mais de R$ 2,1 bilhões.

“Primeiro serão pagos os trabalhadores, depois os outros credores ”, enfatiza o advogado. Os credores que tem garantias e o poder público devem receber primeiro

Patriota disse que o plano de gestão é uma “bússola” para orientar os credores: “é uma questão jurídica complexa e o plano vai dar o norte a todos os envolvidos no processo”, pontua.

O administrador judicial, Carlos Benedito Lima Franco dos Santos e gestor das atividades provisórias, Felipe Carvalho Olegário de Souza, podem continuar ou não nas suas funções.  Se o plano for reprovado outros administradores serão nomeados.

A expectativa dos credores é que nesta assembleia os administradores judiciais apresentem um plano para venda de ativos da massa falida e de liquidação da dívida.

A dívida da massa falida do grupo JL é estima em R$ 2,1 bilhões, sendo mais de R$ 120 milhões em dívidas trabalhistas e mais  de R$ 500 milhões em impostos. As demais dívidas são com fornecedores de cana, empresas e bancos.

A reunião contará com a presença do Secretário dos Assalariados da Fetag/Alagoas da Fetag/AL, Cícero Domingos.  “Esperamos que os administradores nos apresentem um cronograma de pagamentos, pois tanto a Federação quantos os trabalhadores aguardam uma resolução para o problema que tem afetado diretamente a economia local”, disse.

Ele acrescentou que a dívida atual do Grupo com a Federação e com os sindicatos é de cerca de dois milhões de reais que são dos créditos dos contratos dos trabalhadores que deveriam ser repassados para a entidade e não foram. “A Fetag/AL continuará lutando para que os administradores apresentem uma proposta de pagamento tanto da classe 1, que é a classe dos trabalhadores, quanto para a classe representativa, que é a Fetag/AL e os sindicatos, completou.

Author Description

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

Sem Comentários ainda.

Participe do debate