No mundo do cadastro eleitoral, da troca de favores e dos currais políticos, o voto tem preço – e custa cada vez mais caro. Os negócios, tradicionalmente, são feitos por candidatos a vagas proporcionais.
No atacado e no varejo, o comércio de votos em Alagoas, voltou com força nos últimos dias. E quanto custa a “consciência” de cada eleitor? Depende do pacote. Mas na média o voto custa R$ 100 para deputado federal e mais R$ 100 para deputado estadual. Esse pelo menos é o preço que candidatos a deputado federal estão pagando a cabos eleitorais para eleitores que estão no “cadastro”. Em municípios menores, o voto é mais caro e pode custar até o dobro do preço.
Mas que ninguém se engane. Voto não é mercadoria que se encontra na prateleira, a qualquer hora. Depende de confiança, de favores recíprocos, de relacionamento construído ao longo dos anos. Comprar votos de “última hora” é um risco. É comum o fornecedor não entregar a mercadoria prometida.
Portanto, quem não é do ramo, que não se aventure a sair comprando voto por aí, de qualquer jeito, na última hora.
E não custa lembrar, afora o preço do voto, ainda é preciso, claro, gastar com a campanha em si, bancar toda a estrutura de pessoal, carros a comitês e, principalmente, pagar em dia os cabos eleitorais.