O vereador Silvânio Barbosa, PSB, continua indócil com o prefeito Rui Palmeira (PSDB). Para ele, o prazo de discussão da Lei Delegada, que permite a reestruturação de órgãos municipais e a criação de novos cargos só vai servir, na prática, para aumentar os gastos da prefeitura.
“Os gastos do município com cargos de comissão vão aumentar e mais de R$ 200 mil por mês. Esse dinheiro daria para o prefeito reformar pelo menos dois pequenos terminais de ônibus ou melhorar os postos de saúde”, reclama.
Embora reconheça a necessidade de modernização administrativa – o que deve ocorrer com a reforma proposta por Rui Palmeira – Barbosa reclama do excesso de cargos de confiança: “quando o prefeito era Cícero Almeida existiam cerca de 1.100 comissionados mas só eram nomeados 900. Agora o prefeito quer aumentar o número de cargos de comissão para mais de 1.400, elevando sem a comprovação de necessidade, os gastos do município”, aponta.
“ Após a publicação desta lei, a administração municipal ficou com um quantitativo alarmante de 19 secretarias, totalizando 1.452 cargos a disposição do poder executivo, que possuem cargos com remuneração de até R$17.500,00”, diz o vereador.
Em pedido de informação encaminhado à prefeitura, Barbosa questiona: “ No anexo I, observa-se que o gabinete do prefeito contém 156 cargos, possuindo uma quantidade exorbitante de assessores de projetos especiais que totalizam 60 cargos, distribuídos da seguinte forma:
25 cargos de assessor técnico de projetos especiais I, remuneração R$ 941,29
15 cargos de assessor técnico de projetos especiais III, remuneração R$ 1.814,98
20 cargos de assessor técnico de projetos especiais IV, remuneração R$ 2.887,47
Diante disso, questiona- se: quais as atribuições desses cargos, o custo benefício entre a quantidade desses cargos e o orçamento municipal, bem como a existência de espaço físico para todos esses assessores trabalharem?”