Zé Thomaz não esconde de ninguém que queria mesmo era disputar o governo. Ainda assim “namorou” a disputa pelo Senado até a última sexta-feira, 20. Ele tentava unir o grupo do governo em torno de um único palanque.
Depois de conversar com partidos que dão apoio a Benedito de Lira, especialmente o PSB, ele decidiu desistir.
“Conversei com o Alexandre Toledo e ele me disse que a candidatura dele ao Senado era irremovível. Para mim foi uma grande surpresa”, aponta.
Até o dia 20, quando o vice-governador anunciou sua posição numa coletiva, o PP oferecia a vaga de vice para o DEM, mas a proposta não evoluiu porque Nonô era candidato ao Senado ou nada. No dia seguinte Eduardo Campos, numa passagem relâmpago por Alagoas mudou a história e avisou que Alexandre Toledo seria o vice de Benedito de Lira.
Quanto ao convite do PP para que o DEM dispute o Senado, o vice-governador é direto: “chegou fora de tempo, veio atrasado. Já temos convite para disputar o Senado, feito pelo PSDB. A majoritária não está mais em questão. O que pesa, agora, é a coligação proporcional”.
A quem interessar, Nonô manda avisar que não vai interferir na decisão do partido, desde que exista consenso. “Existem conversas com todos os grupos, com o PMDB, com o PP e com o PSDB. Nada vai ser definido antes do dia 30. Será uma decisão para o último segundo do último minuto”, avalia
Se não houver entendimento entre os candidatos proporcionais já ficou decidido que Nonô vai atuar como “árbitro”. Será ele, então, que dará a palavra final. E nesse caso, ressalta Nonô, não foi uma escolha ditatorial: “essa é uma decisão democrática. Se não houver consenso eu ajudarei na condução do partido”, enfatiza.