Na campanha a prioridade zero do candidato Rui Palmeira era a saúde. Depois que assumiu a prefeitura, há um ano e meio, ele não mudou a lista, mas parece ter mudado o conceito sobre o que de fato é importante e o que rende popularidade.
“Não adianta. Sem obras a população não vê o trabalho que é realizado nas outras áreas”, resume o prefeito.
Durante 30 minutos conversei com Rui Palmeira em seu gabinete, na prefeitura, na última semana. Foi um papo sobre política e gestão.
O prefeito não esconde a insatisfação com os rumos que seu partido, o PSDB, tomou. Mas avisa que vai subir no palanque tucano. Ele sabe que pode ajudar – e muito – qualquer candidato na capital, onde tem melhorado de avaliação.
Apesar de bem avaliado nas pesquisas – muito melhor que Téo Vilela – Rui Palmeira tem um “calo” político que requer cuidados: o ex-prefeito Cícero Almeida, que continua gozando de grande popularidade.
Almeida teve um desempenho considerado fraco em setores essenciais como saúde, educação e ação social, mas ganhou visibilidade com a realização de obras. E é justo por aí que Palmeira deve “atacar” seu provável adversário nas eleições de 2016.
O atual prefeito está empenhando em conseguir recursos federais para realizar obras impactantes em Maceió. “Com recursos próprios temos dificuldades para realizar grandes obras, por isso estamos empenhados para viabilizar verbas federais. Esse ano conseguimos aprovar mais de R$ 120 milhões em Brasília, mas ainda falta empenhar os recursos”, avisa.
Com o próprio caixa Rui Palmeira vai realizar obras viárias de impacto em bairros com Santa Lúcia, Santos Dumont, Benedito Bentes e região do Tabuleiro dos Martins. Entre os projetos estão a construção de novas vias (‘binárias’) para facilitar o trânsito nesses e em outros bairros.
“Vamos continuar cuidando da saúde com prioridade, mas também não podemos deixar de priorizar as obras, porque é isso que o povo quer”, resume.
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