Novecentos profissionais reforçarão a estrutura montada pelo governo de Pernambuco para a operação de saúde durante a Copa do Mundo de 2014 no Recife.
Embora os problemas de saúde não tenham sido, historicamente, comuns na realização dos mundiais – com um percentual de atendimentos que atinge apenas 0,2% dos torcedores, que em sua maioria têm planos privados –, o governo garante que uma megaestrutura será montada não só no entorno da Arena Pernambuco, mas principalmente na rede pública e privada da Região Metropolitana do Recife para receber possíveis pacientes, brasileiros ou estrangeiros.
Mais de 200 mil turistas são esperados no Estado e, consequentemente, na Arena. A principal aposta, já usada com sucesso na Copa das Confederações, em 2013, será a Unidade Avançada de Apoio à Saúde (UAA), uma estrutura instalada a 600 metros da Arena, para onde todos os torcedores devem se dirigir para receber atendimentos rápidos.
A unidade contará com salas de triagem, nebulização e vermelha – para casos clínicos e traumáticos graves –, posto de enfermagem e 12 leitos de observação. Começará a atender seis horas antes dos jogos e encerrará duas horas depois. Terá dois médicos, três enfermeiros e cinco técnicos de enfermagem.
“A UAA será o posto mais próximo da Arena, totalmente equipado e com suporte para fazer os primeiros atendimentos, estabilizar os pacientes e indicar, em caso de necessidade, a melhor unidade para transferência. Mas toda nossa rede de saúde pública, ampliada em 80% desde o início da gestão, estará a postos para receber os pacientes da Copa.
Capacitamos 3,5 mil profissionais de saúde para atuarem em emergências. Estamos prontos para o Mundial”, garantiu a secretária estadual de Saúde, Ana Maria Albuquerque. O Estado aposta, principalmente, no know-how adquirido durante os últimos Carnavais, quando 1,3 milhão de turistas passaram por Pernambuco. O esquema da saúde pernambucana começará no dia 9 de junho e seguirá até o dia 13 de julho.
Dentro da UAA também funcionará o Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (Ciocs), responsável pelo monitoramento de informações e eventuais ocorrências na Arena. Haverá, ainda, três unidades de suporte básico e uma de suporte avançado (com UTI) do Samu, além de três ambulâncias para remover pacientes, caso necessário, e encaminhá-los para outros hospitais. Além disso, a Central de Regulação funcionará durante 24h, com o apoio de 109 profissionais.
A grande aposta do Estado é que o número de atendimentos seja pequeno. Segundo a secretária executiva de Atenção à Saúde, Ivete Buril, durante a Copa das Confederações o máximo de pessoas atendidas pela UAA foram 16.
“A expectativa é que não haja atendimentos ou que eles sejam poucos, até porque a maioria dos torcedores, principalmente os turistas, possuem planos de saúde”, ponderou. Para garantir o atendimento privado, o Estado se articulou com operadoras de planos de saúde para remoção de pacientes da saúde suplementar para os determinados hospitais.
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