Automação e tecnologias de precisão são imprescindíveis para a agricultura do futuro

Automação e tecnologias de precisão são imprescindíveis para a agricultura do futuro

Enquanto se espera que diversas economias do mundo aumentem em torno de 20% a produção de alimentos, a meta do Brasil – proposta pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é 40% até 2050. Diversos fatores deverão contribuir para o alcance da meta, entre eles, a incorporação de tecnologias pelo setor produtivo, sistemas de produção forte, sinergia em transferência de tecnologia, atuação em rede e parcerias com empresas privadas.

É assim que o diretor-executivo de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Embrapa, Ladislau Martin Neto acredita que o país enfrentará os desafios de crescer para dar conta de um aumento de 20% na demanda mundial por alimentos. “É preciso investir em automação, agricultura de precisão, bem como em mão de obra especializada, ferramentas imprescindíveis para a agricultura do futuro”, diz.  De acordo com ele, só assim será possível viabilizar e aumentar a competitividade, a sustentabilidade, a certificação, para criar oportunidades na agricultura dos trópicos.

Martin Neto abriu a III Convenção da Rede de Agricultura de Precisão, que ocorre de 12 a 16 de maio, na Embrapa Instrumentação (São Carlos- SP), onde estão reunidos representantes de 20 centros de pesquisa da Empresa e cinco institutos públicos e privados. Ele destacou o trabalho em rede, as parcerias com o setor privado para alavancar, inclusive, o segmento da agricultura familiar. “O trabalho conjunto entre a iniciativa privada e a instituição de pesquisa é o que aconteceu no mundo e alavancou o desenvolvimento”, afirmou

Martin Neto ressaltou a importância de apoios como o do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), para levar as tecnologias aos produtores rurais, a fim de superar os desafios que a utilização da Agricultura de Precisão coloca e treiná-los no uso das tecnologias desenvolvidas pela Embrapa. “É preciso que ele tenha acesso às tecnologias mais rapidamente e a um preço que possa pagar”, disse.

Para o diretor, “tão importante quanto o desenvolvimento do melhoramento genético é a geração de ferramentas tecnológicas para o produtor utilizar”, se referindo ao emprego da agricultura de precisão no país. Embora em sua visão o Brasil esteja bem no contexto agrícola mundial é preciso ser ousado. “A Embrapa tem que apostar no futuro e investir, desenvolver tecnologias e pesquisas que possam ser utilizadas pelo setor produtivo, porque é ele quem decide o que vai ser apropriado”, afirma.

Rede AP

A Embrapa criou, em 2009, a Rede Agricultura de Precisão, envolvendo 20 Centros de Pesquisa da Empresa e mais de 50 parceiros, como empresas, instituições de pesquisa, universidades e produtores rurais. São mais de 200 pesquisadores e 15 unidades experimentais distribuídas nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país, com pesquisas em 11 culturas perenes e anuais e cerca de 100 atividades de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação. Os campos experimentais envolvem as culturas anuais de milho, soja, algodão, arroz e trigo, e perenes como silvicultura (eucalipto), fruticultura (pessegueiro, macieira, laranja e videira), cana-de-açúcar e pastagem.

Em setembro de 2013, a Embrapa inaugurou, em São Carlos (SP), o Laboratório de Referência Nacional em Agricultura de Precisão (Lanapre) O espaço, inédito no Brasil, é utilizado para pesquisar e desenvolver equipamentos, sensores, componentes mecânicos e eletrônica embarcada, em um único local.

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