Renan diz que CPI Mista depende de entendimento entre líderes

Renan diz que CPI Mista depende de entendimento entre líderes

Em meio a notícias de que teria cedido a pressões e decidido instalar a uma Comissão Mista para investigar a Petrobras, como quer a oposição, o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse hoje (30) que não cabe a ele essa decisão. “Não cabe ao presidente (do Congresso) decidir quem vai investigar” explicou Renan aos jornalistas, no início desta tarde.

A confusão se instalou depois que Renan anunciou ontem (29) que vai reunir os líderes das duas Casas na próxima terça-feira (6) e pedir que, a exemplo do que foi feito no Senado, que eles indiquem membros para compor a comissão mista.

Enquanto o cenário em torno da Comissão continua indefinido, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP) diz que o partido vai desistir das indicações de nomes para a CPI só do Senado e indicar membros apenas para a comissão mista. “Desisti em razão da decisão do presidente Renan de pedir a indicação da CPI mista, nossa prioridade é a indicação da CPI mista porque ela tem mais força política”.Já os governistas insistem em uma comissão só do Senado e não pretendem indicar nomes para um colegiado misto. “Quem quer fazer CPI mista não quer apurar nada, quer montar um palco para uma disputa eleitoral exatamente como nós vimos na CPI do Cachoeira”, disse o líder do PT, senador Humberto Costa (PE).

Mista ou não uma Comissão Parlamentar de Inquérito só pode ser instalada caso os líderes indiquem nomes. “Quando os líderes não indicam o regimento diz que cabe ao presidente (do Congresso) fazer as indicações e eu vou fazer isso porque acatei o princípio constitucional contido na liminar”, garantiu Renan.

O presidente do Senado também esclareceu que para “manter a coerência” vai entrar com recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar derrubar a liminar da ministra Rosa Weber e ampliar o escopo de investigações da CPI da Petrobras com apurações sobre irregularidades no metrô de São Paulo e no Porto de Suape, em Pernambuco.

Agência Brasil

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Redação

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