Estado apoia centro de referência de combate à desnutrição

Estado apoia centro de referência de combate à desnutrição

Criado e instalado desde 2007 na comunidade Dênisson Menezes, no Benedito Bentes, o Centro de Recuperação e Educação Nutricional (Cren) é uma organização não-governamental (ONG) que promove a recuperação e atenção à desnutrição infantil e familiar. Atende crianças de um a 12 anos, sendo considerado o único centro de referência no combate à desnutrição do Estado e mortalidade infantil.

Graças aos resultados e a credibilidade alcançada, o Cren contou com uma importante ajuda, que veio do Fundo Estadual de Erradicação e Combate à Pobreza (Fecoep). Em 2009, a instituição recebeu R$ 280 mil do Governo do Estado para investir na estrutura, reforma e ampliação do local.

Atualmente, aproximadamente 150 crianças são acompanhadas pelo Cren, muitas delas com desnutrição em estado leve ou moderado. Após a consulta e avaliação, dependendo do resultado, as crianças permanecem em regime de semi-internato e outras no ambulatório.

“Acompanhamos o peso das crianças quinzenalmente e a altura mensalmente. Esse trabalho é importante, pois a partir disso observamos as evoluções de cada um”, disse a nutricionista Renata Antunes.

Os pequenos também recebem atendimento diário nas áreas de Odontologia, médico-pediatria, nutricional e pedagógica. Além de todo cuidado com a saúde, as crianças brincam e participam de oficinas, tais como a manipulação de alimentos, onde colocam em prática o que aprendem na sala de aula, e a de textura e sabor.

Alimentação

As crianças fazem cinco refeições ao dia. “Os alimentos e as porções são indicados de acordo com a faixa etária e peso, mas todos com a quantidade de nutrientes adequada para o crescimento”, informa a nutricionista responsável pelo cardápio, Myria Viana.

Zenilda da Silva, mãe de uma das crianças que estão no Cren, por falta de experiência, recursos e orientação, não sabia como alimentar o filho pequeno. “Meu filho chegou aqui totalmente desnutrido e eu não sabia mais o que fazer, estava pensando que o pior ia acontecer. Hoje ele está livre de qualquer perigo, saudável e é uma criança normal”, afirma.
Depois do almoço, principal refeição, as crianças dormem para repor as energias e a produção de hormônios do crescimento.

Participação da família

Além das crianças que estão em tratamento, as mães também são voluntárias, passam por atendimento psicológico, orientação por meio de grupos de capacitação profissional, oficinas de educação alimentar, e ainda participam de atividades recreativas, como aulas de ginástica.

“Essas aulas são ótimas! Nos ocupamos, ficamos em forma, ocupamos a mente enquanto nossos filhos estão sendo bem cuidados”, afirma Hilda da Silva.

A estudante de Psicologia e estagiária voluntária, Layse Veloso, optou pelo estágio na área de Psicologia comunitária e, a partir daí, surgiu a oportunidade de estágio no Centro. Gostou tanto que levou para a sala de aula a prática assimilada. “Reflexão sobre os aspectos psicossociais no cotidiano das mães de crianças desnutridas”, foi seu tema do trabalho de conclusão de curso, elaborado com a colega de graduação Liziane Buarque.

Desde então, Layse trabalha como voluntária no Centro, e serve como inspiração a outros estudantes para realizarem seus trabalhos de pesquisa. “Estou no Cren desde o início e, desde o primeiro dia, sou apaixonada por essa obra. Pra mim é gratificante contribuir. Sinto-me feliz e realizada”, afirma a psicóloga Layse Veloso.

Doações

Quem quiser contribuir com o trabalho da instituição pode realizar depósito no Banco do Brasil; agência 0013-2; conta corrente 16.692-8 ou fazer o que os dirigentes da ONG chamam de apadrinhar uma criança, com doações que variam entre R$ 50,00 e R$150 reais. Quem se interessar em conhecer a ONG, pode fazer visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 17hs.

Agência Alagoas

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