Quem entende de matemática eleitoral adverte: com duas chapas dá para eleger de quatro a cinco deputados federais. A regra vale para o “campo da oposição” e também para o governo.
Por isso o esforço de algumas lideranças é tentar reduzir ao máximo o número de chapas proporcionais em cada lado.
Ronaldo Lessa acredita que o ideal é que saiam duas chapas na Frente de Oposição e já avançou nas conversas entre PDT, PT, PTdoB e PCdoB. A outra chapa deve ser puxada pelo PMDB de Luciano Barbosa e Marx Beltrão. A dúvida é saber se o PRTB de Cícero Almeida e Antonio Albuquerque puxa outra frente ou se junta a um desses dois grupos.
No “campo” do governo a maior preocupação, hoje, é com a “surpresa” do PSDB. O desenho, agora é de três palanques: o de Alexandre Toledo (PSB e PPS) e de Eduardo Tavares (PSDB e DEM) e Benedito de Lira (PP, PR, PSD, SDD, PEN, PHS e PSL). Só quem está indefinido é o PROS de Givaldo Carimbão.
O deputado federal Maurício Quintella avisa que o PR já bateu martelo e que vai de Benedito de Lira. O esforço, agora, é para formar as chapas proporcionais: “acredito que nosso grupo (PR,PP, PSD, PROS e SDD) tem condições de fazer dois ou três federais. Se a gente conseguir ampliar o número de partidos, fica melhor e podemos eleger de 4 a 5”, pondera.
Para Quintella, o ideal é que o grupo do governo tenha no máximo dois palanques; “Com dois palanques dá para fazer quatro a cinco federais. Com três palanques corremos o risco de fazer apenas três”, avalia.
No mesmo barco
Maurício Quintella pensou em entregar os cargos que tem no governo do estado – incluindo a Secretaria do Meio Ambiente. Mudou de ideia depois do que conversou com Téo Vilela: “perguntei se o candidato (Tavares) era do governo ou do PSDB. O governador disse que era do partido e que os outros candidatos também fazer parte do grupo e podem continuar no governo”.
As conversas devem continuar, apesar do afunilamento das decisões: “houve um grande avanço nas chapas majoritárias, mas acho que ainda temos muito caminho pela frente para fechar as proporcionais”, pontua Maurício.