Um sistema criado pela empresa alagoana de tecnologia OFM Systems foi aprovado em edital público do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O programa está entre os dez vencedores do edital e visa o gerenciamento e o monitoramento da carga elétrica e a identificação individual de consumidores de forma não invasiva para garantir a redução de perdas técnicas e comerciais nas redes de distribuição de energia.
A empresa é assessorada pelo Programa de Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação (PAPL TI) da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande). Por meio de uma série de análises técnicas de TI, o estudo de padrões e uso de dados detalhados do consumo trará benefícios diretos à população, aos setores produtivos e também às empresas de energia.
“Por meio de mediadores e sensores fornecidos pelas concessionárias de energia, o projeto dará significativa facilidade no acompanhamento das redes distribuidoras, que poderão mapear, em toda a rede elétrica, quais pontos necessitam de maior ou menor carga e onde ocorrem as perdas técnicas e comercias, auxiliando, assim, na promoção da tecnologia em Alagoas”, explica Abud Nascimento, gestor do APL TI.
Atualmente, durante o trajeto da energia, perde-se uma quantidade entre 20% e 25% de toda a carga gerada. “Esse é um dado que nos estimulou a inscrever o projeto no edital. O grande benefício disso é que, a partir da identificação das falhas energéticas, poderemos diminuir os custos e a população poderá aproveitar toda a energia disponibilizada, e com mais qualidade. A OFM vem estudando inovações para atender cada vez melhor as necessidades do setor enérgico brasileiro”, destaca o diretor da OFM Systems, Paulo Minuzzi.
O estudo é resultado de uma parceria entre a OFM Systems com a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a Eletrobrás Distribuição Alagoas, Cooperativa de Energia/Geração e Desenvolvimento/Telecom (COPREL) e o Instituto de Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Alagoas (ICTAL), com o apoio da Seplande. A iniciativa conta ainda com doutores, engenheiros e analistas especialistas do setor de energia, debatendo em conjunto para promover a viabilidade da pesquisa.