MIP é apresentado em audiência pública sobre combate a Helicoverpa armigera

MIP é apresentado em audiência pública sobre combate a Helicoverpa armigera

Medidas de combate à lagarta Helicoverpa armigera, que “ameaça impor prejuízos bilionários nas lavouras de soja, milho e algodão do País na safra agrícola 2013/2014”, foram discutidas em Audiência Pública realizada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), dia 27 de março. O assessor da diretoria-executiva de Pesquisa&Desenvolvimento, Paulo Roberto Galerani, representando o presidente Maurício Lopes, fez  palestra sobre o Manejo Integrado de Pragas (MIP).

Sobre as bases para a aplicação do MIP, Galerani disse que “dificilmente podemos impedir a entrada de uma praga, só temos que nos preparar”. Ele explicou aos parlamentares que a Embrapa trabalhou no programa nacional de controle de lagarta com o Mapa, com ações de transferência de tecnologia, na Caravana Embrapa – conhecimento a caminho, no estabelecimento de Unidades Regionais de Tecnologias, geração de cartilhas, Programa Prosa Rural e Dia de Campo na TV. O trabalho envolveu mais de 30 pesquisadores na capacitação de técnicos da assistência técnica e extensão rural, com mais de 6 mil participantes e contou com o apoio  da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Sobre a questão do benzoato de emamectina, debatido na reunião, Galerani afirmou que a Embrapa não recebeu autorização para testar o produto, que continua apenas a ser usado em caráter emergencial, mas apresentou uma lista dos produtos menos agressivos que cumprem a mesma função. O Ministério Público tem barrado o uso emergencial do benzoato porque o marco legal fitossanitário do Brasil é de 1934.

O diretor do Departamento de Sanidade Vegetal da DAS/Mapa, Luis Eduardo Rangel, informou que o ministério está elaborando um projeto que atualiza as normas fitossanitárias e que, “a partir de agora as ações fitossanitárias vão contar com o braço tecnológico da Embrapa”. Segundo ele, o Ministério da Agricultura fez um trabalho muito profundo de análise e nivelamento internacional desse novo marco legal e, que essa proposta está agora vindo para a Câmara.

Para a gerente-geral de Toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ana Maria Vekic, estudos de médio prazo apontam que o benzoato provoca problemas neurológicos em quem o aplica na lavoura. Ela acredita que o MIP apresentado pela Embrapa é a melhor ferramenta para trabalhar com a praga.

A reunião presidida pelo deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB/CE) e autor do requerimento contou com a participação do diretor de Qualidade Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Márcio Rosa Rodrigues de Freitas; do diretor de Defesa Sanitária Vegetal da ADA/Bahia, Armando Sá Nascimento Filho; da engenheira-agrônoma e gerente de Sanidade Vegetal da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Rossana Serrato de Mendonça Silva; do fiscal agropecuário da Coordenadoria de Defesa Vegetal  do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Rogaciano Arruda; do representante da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (ABAPA), Júlio César Busatto, e do diretor da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Luiz Nery Ribas.

 

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Redação

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