Demora proposital: candidatos tentam reduzir gastos com eleitor

Demora proposital: candidatos tentam reduzir gastos com eleitor

Quanto mais tardio for o lançamento das chapas majoritárias, melhor. Ao menos para os bolsos dos nossos políticos. Um dos principais nomes do tabuleiro eleitoral, que aparece cotado para a disputa majoritária me revelou: “está muito difícil conseguir dinheiro para financiar a campanha. Não é só em Alagoas, não. É em todo o Brasil”.

Talvez por isso uma especulação de bastidor ganhe força em Alagoas: Renan Calheiros e Téo Vilela teriam feito um pacto para só lançar seus candidatos em junho. Com isso, se livrariam da pressão financeira e do desgaste da pré-campanha.

A “espera” é conveniente nesse caso porque a frente de oposição reúne a maioria dos partidos  e tem o apoio de Dilma Rousseff. Como Renan Calheiros tem o “controle” do grupo, ele pode decidir a melhor para fazer o lançamento da chapa majoritária.

Para Vilela, as razões são outras: ele precisa de mais tempo escolher um nome e para tentar evitar a pulverização do seu grupo.

 Campanha milionária

A maior vantagem, de fato, na “demora” é a economia. Afinal decidir nomes agora pode implicar em antecipar gastos eleitorais. “Por enquanto ninguém, ou quase, tem dinheiro para bancar a campanha”, me disse um novato na política que está decidindo se encara ou não as urnas.

Ainda assim, os gastos serão consideráveis. Uma campanha para deputado federal não sairá por menos de R$ 5 milhões. E, dizem, quem quiser garantir o mandato com base no modelo tradicional (cabos eleitorais e cadastro) terá de gastar entre R$ 10 e R$ 20 milhões.

Os gastos nas campanhas majoritárias vai depender do candidato. Alguns, como é o caso de Marcos Fireman e Benedito de Lira, que querem chegar ao governo, já começaram a pré-campanha. Eles são os únicos, por enquanto, que estão com escritórios montados e com programação de rua.

 

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Redação

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