Collor dá início ao 1º Fórum Nacional de Infraestrutura

Collor dá início ao 1º Fórum Nacional de Infraestrutura

O senador Fernando Collor (PTB-AL) abriu, na manhã desta quinta-feira (27), o 1º Fórum Nacional de Infraestrutura chamando atenção para a necessidade de o país desatar seus entraves logísticos se quiser de fato crescer economicamente. Segundo ele, após o período recente de desenvolvimentos de diversos setores, como agropecuário, industrial e social, os problemas ficaram ainda mais evidentes.

“Se antes as precárias condições de nossa infraestrutura eram de certa forma amainadas pela baixa demanda de serviços em setores como transportes e energia, hoje não há mais como escondê-las. A ascensão de significativa parcela da população à classe média descortinou, por exemplo, a necessidade de uma nova estrutura aeroportuária, assim como os sucessivos recordes da safra agrícola clamam por um sistema completo de armazenagem e escoamento. Sem estrada e transporte, a economia não anda; sem energia, ela se apaga; sem sistema de comunicação eficiente, ela se cala; sem saneamento, ela adoece “, afirmou.

O senador lamentou o fato de o Brasil conseguir universalizar serviços muito mais complexos, como energia e comunicações e não solucionar a falta de saneamento. “Cerca de 90% da população do Norte do país continua desassistida e sem rede de esgoto sanitário”, afirmou.

Fiscalização
O parlamentar reconheceu que o governo tem tomado providências para solucionar muitos dos problemas, mas alertou que a situação é muito mais complexa. Como exemplo, citou os 300 dias necessários para que o Dnit conclua um processo licitatório na modalidade de concorrência pública.
O senador não poupou críticas à burocracia e à tecnocracia enraizadas na cultura e história do país, as quais, segundo ele, fizeram a administração pública perder o rumo da eficácia.

Collor também criticou os sistemas de fiscalização, auditoria e controle adotados hoje no país, que sofrem com a falta de critério e bom senso. Ele citou a paralisação de obras de grande importância por pequenas questões burocráticas, resultando em atrasos, prejuízos e interrupções muito mais danosas à população.

“O Brasil carece acima de tudo de bom senso e de realismo na administração pública, a começar pelos setores de licenciamento, auditoria e fiscalização. Hoje viramos reféns da auditocracia, da controlocracia e da licenciocracia. Todas adeptas da letra fria da lei e com peculiaridades, como a estreiteza de horizontes e a insensibilidade perante as reais necessidades do país”, disse.

Gazeta Web com Assessoria

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Redação

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