Eles estão entre os mais influentes e poderosos políticos de Alagoas. Renan Calheiros e Téo Vilela já foram chamados de senadores siameses de tão grudados que eram. Ganharam juntos duas eleições para o Senado (1994 e 2002) e o governo de Alagoas em 2006.
Renan ajudou a eleger Téo governador e ficou com uma banda do governo. Mas os dois foram separados a “talhadeira” por ocasião da operação Guatama, deflagrada em 2007. Pessoas indicadas por Renan para cargos na Secretaria de Infraestrutura foram denunciadas pela PF e, por conta disso, demitidas por Vilela.
A partir daí as relações azedaram, os aliados de Renan entregaram os cargos. Em 2008 os dois já estavam rompidos formalmente. Em 2010 Renan jogou com vontade e quase derrota, com Ronaldo Lessa, Vilela no segundo turno.
Os dois, no entanto, voltaram a se aproximar publicamente desde o início de 2013, quando Renan voltou a presidência do Senado. Desde então, governador e senador tem conversado frequentemente sobre o presente e o “futuro” de Alagoas.
Nesta quarta-feira, 20, Téo e Renan terão novo encontro em Brasília. Na entrada, a “conjuntura nacional e o governo Dilma”. No prato principal “política alagoana” e de sobremesa será servida “eleição”, iguaria preferida por ambos. E para não correr o risco de precipitar decisões ou escolhas de nomes, vão deixar o cafezinho esfriar.
Que ninguém se engane. Téo e Renan querem marchar juntos nas eleições de 2014. A tarefa não será fácil. Eles estão cercados – por todos os lados – de pessoas poderosas e influentes que vão fazer de tudo para impedir a volta dessa aliança.