Arroba do boi deve ir a R$ 130 entre setembro e outubro, aponta ABCZ

Arroba do boi deve ir a R$ 130 entre setembro e outubro, aponta ABCZ

O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Luiz Carlos Paranhos, disse que a cotação do boi gordo no mercado físico deve chegar “tranquilamente” a R$ 130 a arroba entre setembro e outubro, a depender da oferta no período do volume de animais confinados.

“Em abril e maio, os preços podem ceder um pouco, mas de R$ 100 a arroba (base São Paulo) não passa. E aí, na entressafra, entre setembro e outubro, a arroba passa dos R$ 130, tranquilamente. A não ser que venha um volume muito grande de bois de confinamento” declarou Paranhos, no lançamento da 80ª Expozebu, que será realizada entre os dias 3 e 10 de maio, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

Ele afirma que, além dos fatores climáticos (seca e chuva) nas praças pecuárias do país, a firmeza dos preços se deve à falta de animais para o abate, por conta da diminuição da oferta na recria.

“No ano passado a alta da recria foi um dos primeiros sinais para uma arroba valorizada em 2014. O bezerro de seis arrobas, por exemplo, que deveria ser vendido entre R$ 600, R$ 700 a cabeça (base Mato Grosso) era vendido a R$ 700, R$ 800 a cabeça. Hoje você encontra esses animais a até R$ 1 mil a cabeça. Aí quando há um aumento de bezerro, há uma retenção de vacas e a oferta diminui” disse.

Sobre a tendência de confinamento, Paranhos acredita que os volumes serão maiores do que os do ano passado, mas não soube avaliar se serão suficientes para atender a toda a demanda.

“O confinador pode se animar por conta dos melhores preços do boi gordo apontados no mercado futuro”  declarou.

Segundo ele, as margens do produtor hoje estão “muito boas”, mas os preços da carne não podem superar a capacidade de o consumidor pagar pelo produto, caso contrário resultará em queda no volume vendido, gerando todo um impacto negativo na cadeia.

Expozebu

A 80ª Expozebu homenageará pessoas que ajudaram a construir o caminho para fomentar o gado zebuíno na base da pecuária nacional.

“A genética anda junto com a pecuária comercial. E nós, como criadores de melhoramento genético, temos que fazer um esforço grande pela pecuária nacional, para aumentar a produtividade do setor”  disse Paranhos.

Ele informou que, hoje, a média de produtividade nacional é de uma unidade de animal por hectare.

“Temos condições de chegar facilmente a duas unidades de animal por hectare, principalmente de melhorarmos manejo. Esse é o grande desafio” disse.

A expectativa é de que a feira movimente mais de R$ 150 milhões com a realização de 40 leilões e negócios das empresas.
Rural BR

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Redação

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