Caso Maikai: delegado afirma que crime foi “bem orquestrado”

Caso Maikai: delegado afirma que crime foi “bem orquestrado”

O inquérito policial que investiga o assassinato do empresário Guilherme Brandão, 39, foi concluído pela Delegacia de Homicídios e encaminhado para a Justiça, com o indiciamento de Marcelo Carnaúba, por homicídio qualificado.

O acusado era gerente do Maikai, funcionário da vítima, e teria cometido o crime porque tomou conhecimento de que seria demitido após desviar dinheiro do estabelecimento. O assassinato ocorreu há duas semanas, dentro do Maikai.

Segundo o delegado Cícero Lima, a morte de Guilherme foi “bem orquestrada”, tendo em vista todos os cuidados adotados pelo gerente para que ele se tornasse vítima da situação. Marcelo Carnaúba tinha descoberto que entraria de férias e que, nesse período, uma auditoria nas contas da casa de show seria realizada. “Foi tudo bem orquestrado. Ele ligou o gerador para abafar o barulho do tiro e chegou a dispensar funcionários no dia do crime”, destacou.

O delegado afirma que a reprodução simulada do crime, conhecida como reconstituição, está descartada, já que o crime está esclarecido para a polícia. “Há provas suficientes no inquérito que confirmam que se trata de um crime qualificado. Ou seja, havia uma motivação fútil, já que Marcelo sabia que seria demitido”, afirmou.

Hoje (12) o depoimento de Marcelo Carnaúba foi colhido pelo delegado e encaminhado para a Justiça em autos complementares. Cícero Lima afirmou que pretende colher ainda mais subsídios para confirmar a tese de homicídio qualificado e evitar que na Justiça a classificação do crime caia para homicídio simples. No primeiro, a pena varia de 12 a 30 anos, enquanto no segundo pode ser de seis a 12 anos.

O inquérito, apesar da conclusão, continua em andamento. O delegado aguarda a conclusão do laudo pericial de comparação balística entre o cartucho descartado em uma das lixeiras do Maikai e a arma do crime, e ainda o laudo cadavérico realizado pelo IML.

Este será o segundo depoimento prestado por Marcelo Carnaúba à polícia. No primeiro, ele falou como testemunha, antes de confessar o crime. A confissão do assassinato não foi feita em depoimento oficial.

O gerente do Maikai está detido no Presídio Baldomero Cavalcanti.

Assessoria com informações do portal TNH1 e Gazeta Web

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Redação

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