A presidente Dilma Roussef resolveu encarar a “rebeldia” da bancada do PMDB na Câmara Federal. Aconselhada por marqueteiros do PT ela prefere o confronto e tenta impor sua estratégia eleitoral.
Na reunião de ontem, com a cúpula do PMDB, Rousseff condicionou a ampliação da participação do PMDB no governo à retirada da candidatura do líder do partido no Senado, Eunício Oliveira,CE, ao governo do Ceará, o que limparia caminho para o grupo do governador Cid Gomes (Pros).
A presidente também decidiu acuar o líder do PMDB da Câmara, Eduardo Cunha, que se transformou no principal porta voz da insatisfação peemedebista com o governo.
Dilma vai testar seu poder em reunião da bancada nesta terça-feira, quando deputados vão tentar demonstrar que a insatisfação na relação com o governo é “generalizada”.
A cúpula do PMDB espera que Cunha não tenha força para aprovar o rompimento dos deputados com o governo.
Outra aposta da cúpula é que os descontentes não consigam convocar uma convenção nacional para decidir sobre a aliança eleitoral já em abril. Para isso seria preciso contar com o apoio de nove diretórios estaduais. O grupo teria apenas o de seis.
Os encontros promovidos por Dilma com a cúpula do PMDB entre domingo e segunda-feira trataram também das alianças regionais. Em princípio a aliança nacional, com Temer na vice, estaria assegurada.
O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp, RO, que participou do encontro, disse que PT e PMDB trabalham para manter o máximo de alianças possíveis no próximo pleito eleitoral.
Raupp adiantou que a presidenta Dilma acenou com a possibilidade de o PT abrir mão de candidatura própria ao governo de seis estados – Maranhão, Goiás, Alagoas, Paraíba, Tocantins e Rondônia – em prol do PMDB, em uma tentativa de melhorar a relação entre os dois partidos.
“Olha, tem mais estados aí que dá para conversar. O PT só tem candidatos fixos, se não me falha a memória, em 13 estados. Fora esses aí, [há outros que] estão abertos para o diálogo, para a discussão, para o entendimento, para as alianças. E o partido preferencial é o PMDB, assim como o partido preferencial nas alianças do PMDB é o Partido dos Trabalhadores”, enfatizou Raupp.
Mais do mesmo
Na prática ao “oferecer” Alagoas e mais cinco Estados a presidente Dilma não ofereceu nada ao PMDB. Nesses estados dificilmente o PT teria, no cenário de hoje, candidatos competitivos.
O problema é chegar ao entendimento para a formação de palanque em estados como a Bahia, o Ceará e o Rio de Janeiro do líder Eduardo Cunha, onde PT e PMDB estão em pé de guerra.
Mantida a aliança nacional na base da “lei da gravidade” Dilma Corre o risco de dividir o palanque e perder a eleição em estados importantes – um risco que talvez ela não queira correr.
Em meio a esse imbróglio, o senador Renan Calheiros que já contava com o apoio líquido e certo do PT para o PMDB em Alagoas, vai ter que esperar a temperatura baixar e trabalhar duro para tentar conter o ímpeto de Eduardo Cunha. Ou é isso ou o PMDB de alagoas pode perder não só o precioso tempo de TV do PT, mas a grife Lula/Dilma.
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