Importância do Melhoramento Genético de Diferentes Tipos de Sorgo para as Mesorregiões do Agreste, Sertão e afins do Semiárido Brasileiro. Este é o nome de um dos capítulos de uma nova publicação do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). A pesquisa, que revelou uma das variedades de maior importância para a produção de forragem com escassez de chuvas, o SF 15, ocorreu em Alagoas, por meio de uma parceria entre o Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater/AL) e o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). A previsão é que o material seja publicado no primeiro semestre de 2014.
Há seis anos um convênio com a Diretoria de Pesquisa Agropecuária, que pertencia a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), IPA e o Etene/BNB, iniciou a avaliação de mais de 300 variedades de Sorgo com aptidões para forragem, grãos e biocombustíveis. As variedades SF-11, SF-25-02, IPA-467-2 e SF-15 foram recomendadas para plantio. Parte dos experimentos foi avaliada na Estação Experimental da Emater/AL, Unidade Santana do Ipanema.
De acordo com o pesquisador da Emater/AL, engenheiro agrônomo e mestre em Fitomelhoramento, Fernando Gomes, a publicação contextualiza a importância da cultura para o Semiárido Brasileiro, o comportamento das variedades avaliadas com data de plantio, colheita e pesagem, ou seja, um panorama dos estudos que comprovam a viabilidade da cultura, principalmente para a agricultura familiar, que é atualmente o público que apresenta maior necessidade de alternativa de forragem.
“É o reconhecimento do trabalho de uma equipe capacitada e dedicada a contribuir com o desenvolvimento da agricultura nas regiões com forte estresse hídrico. Este ano vamos dar continuidade e repetir os ensaios na Estação Experimental de Santana do Ipanema, serão 120 materiais avaliado. Entre esses, as 25 variedades mais plantadas no Brasil”, destacou Fernando Gomes.
Estação Experimental
A Estação Experimental da Emater/AL, Unidade Santana do Ipanema, possui uma área de 184 hectares e é hoje a principal unidade de pesquisa do instituto. Além das pesquisas com o Sorgo, são desenvolvidas pesquisas com Palma Forrageira. A área abriga coleções de 50 variedades de palma, 30 materiais de umbu, um bosque com 50 pés de Nim e 30 hectares de caatinga arbórea. Registros das atividades de pesquisa mostram ainda que a Unidade já foi um importante núcleo de pesquisa com feijão, milho e cabras leiteiras.
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