Liberação de crédito rural cresce 43,7% em sete meses

Liberação de crédito rural cresce 43,7% em sete meses

As liberações de crédito rural entre julho de 2013 e janeiro de 2014, os primeiros sete meses da safra 2013/2014, atingiram R$ 110,80 bilhões. Os repasses cresceram 43,7% em relação ao valor liberado em igual período ano passado (R$ 77,13 bilhões) e correspondem a 70,5% do montante programado para esta safra (R$ 157,063 bilhões). Os dados divulgados na última sexta-feira, 28, foram compilados pelo Departamento de Economia Agrícola da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.

Segundo o levantamento, as liberações de crédito para a agricultura empresarial somaram R$ 98,23 bilhões de julho de 2013 a janeiro deste ano, valor 48,2% superior aos R$ 66,28 bilhões repassados em igual período da safra passada e 72,2% dos R$ 136,063 bilhões programados para esta safra. Já as liberações para a agricultura familiar cresceram 15,8%, para R$ 12,56 bilhões, que representam 59,8% dos repasses previstos para os pequenos produtores. O estudo mostra que o ritmo da demanda pelo crédito rural está um pouco mais lento ante o mesmo período do ano passado, quando as liberações correspondiam, em média, a 60,3% do montante previsto para a safra 2012/13.

O levantamento revela que no caso da agricultura empresarial, as liberações de crédito de custeio e comercialização atingiram R$ 71,15 bilhões e apresentaram crescimento de 42,5% em relação a igual período da safra 2012/13. Os repasses correspondem a 72,9% dos recursos programados até junho de 2014, desempenho acima dos 56,1% liberados nos sete primeiros meses da safra passada.

Os repasses de recursos para custeio e comercialização da agricultura empresarial com taxas de juros controladas, equalizadas pelo Tesouro, somaram de junho de 2013 a janeiro de 2014 R$ 51,53 bilhões, valor 25,8% superior ao do mesmo período da safra passada. Um dos destaques é o crescimento de 50,7% nos repasses de recursos da poupança rural, que atingiram R% 15,77 bilhões. Já as aplicações dos recursos obrigatórios sobre os depósitos à vista pelos bancos tiveram aumento de 15,9%, para R$ 24,90 bilhões.

O estudo também mostra crescimento expressivo de 118,6% (para R$ 19,62 bilhões) nas aplicações de recursos a juros livres para custeio e comercialização da agricultura empresarial. As liberações de recursos da poupança rural cresceram 375% (para R$ 1,68 bilhão), enquanto os recursos livres (próprios ou captados pelos bancos) aumentaram em 55,2%, para R$ 2,37 bilhões. Outro destaque nas aplicações de recursos a juros livres é a linha BB-Agroindustrial, cujas liberações cresceram 220,3%, para R$ 14,88 bilhões, superando o montante programado de R$ 7,250 bilhões programados até junho de 2014.

As liberações de crédito rural para investimento de julho de 2013 a janeiro passado somaram R$ 27,08 bilhões, valor 65,7% superior ao liberado em igual período do ano passado e 70,5% do montante programado para esta safra. Os repasses das linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aumentaram 76,3%, para R$ 16,88 bilhões. O levantamento mostra que a linha de crédito do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) perde o fôlego nesta safra. De julho de 2013 a janeiro deste ano foram liberados R$ 1,52 bilhão para financiar práticas sustentáveis no campo, valor 20,2% inferior ao desempenho de igual período da safra passada.

Nas linhas de crédito para investimento com recursos do BNDES se destaca o Procap-Agro, destinada à capitalização das cooperativas, com taxas de juros de 5,5% a 6,5% ao ano. Os repasses do Procap-Agro cresceram 363% em relação aos sete primeiros meses da safra passada e atingiram R$ 2,07 bilhões. No caso do PSI-BK, linha que financia bens de capital, os repasses cresceram 57,8%, para R$ 9,28 bilhões.

O secretário de Política Agrícola, Neri Geller, do Ministério da Agricultura, destacou que os produtores estão cada vez mais preocupados em modernizar suas propriedades para obterem resultados ainda melhores em relação à produtividade no campo.

No programa de financiamento para construção de armazéns, lançado no ano passado pelo governo para amenizar os gargalos logísticos, foram liberados até agora R$ 2,18 bilhões, que correspondem a 62,5% dos R$ 3,5 bilhões programados. Geller salientou que o resultado demonstra os avanços do setor com o intuito de buscar o apoio do governo em assegurar os produtos a serem armazenados.

A demanda pela linha de crédito para renovação de canaviais totaliza R$ 796 milhões dos R$ 4 bilhões programados. O valor é maior ante o mesmo período do ano passado, quando a demanda das usinas somava R$ 511 milhões.

Estadão

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Redação

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