Com mais R$ 10 milhões, governo reforça combate à seca no interior

Com mais R$ 10 milhões, governo reforça combate à seca no interior

O Semiárido alagoano recebeu reforços contra a seca nesse início de 2014. A verba de R$ 10 milhões, liberada pelo Governo Federal em janeiro, vai levar ações a 37 municípios em situação de emergência. Nos próximos três meses, a população dessas localidades vai receber água tratada de caminhões-pipa e ração para a alimentação de animais, como um complemento às medidas já tomadas pelo Estado na minimização de danos causados pela estiagem.

Para realizar a distribuição de água 241 caminhões-pipa, fiscalizados e habilitados, já estão à disposição dos municípios afetados. No período destinado para a utilização do recurso, os R$ 6 milhões voltados para o abastecimento de água vão atender a 1100 comunidades já cadastradas pelo Estado. Entre os 37 municípios, estão cidades conhecidamente mais castigadas, localizadas no Alto Sertão, como Água Branca, Pariconha e Delmiro Gouveia.

O recurso funciona como um catalisador de ações pontuais que o governo já vinha realizando no último ano, como explica o coordenador Estadual de Defesa Civil, Edvaldo Nunes. “A população recebe esse abastecimento de cisternas desde março do ano passado, e a distribuição de ração animal acompanhou essa necessidade também em 2012. Nos próximos meses isso será feito de forma mais incisiva, para retirar essas cidades de uma situação de risco”, explica.

Apesar do Estado não ter como prever o impacto de desastres naturais, o coordenador explica que condições podem ser criadas para que a sociedade esteja mais preparada para lidar com essas adversidades. “Essa é uma ação emergencial, mas nós estamos estruturando o nosso semiárido para que medidas drásticas não precisem ser tomadas. O Programa Água Para Todos, por exemplo, já instalou mais de 30 mil cisternas em Alagoas e mais de 200 poços artesanais. Isso fortalece a região”, conta.

A distribuição varia de acordo com a demanda de cada comunidade e a Defesa Civil garante que a

qualidade da água passa pelo crivo de alguns padrões pré-estabelecidos pela vigilância sanitária. Os pipeiros captam essa água em pontos específico, são eles o Canal do Sertão, Rio São Francisco, mananciais da Casal e particulares.

“Temos quatro equipes divididas no território para monitorar tanto a realização da ação quanto os fatores primordiais para a saúde dos usuários, já que essa água é utilizada para uso pessoal de muitas famílias”, disse.

A outra parcela de R$ 4 milhões da verba vai distribuir ração animal para os produtores dos 37 municípios. Essa doação vai permitir que o criador consiga manter seu gado vivo e garanta o seu trabalho durante o período da estiagem. Assim como o abastecimento das cisternas, o recebimento da ração é realizado mediante cadastro. A Secretaria de Estado da Agricultura (Seargi) realiza os repasses para as prefeituras.

No auge da seca, esses esforços mudam a perspectiva de muitas famílias. “O ano de 2014 já se mostrou um ano melhor em relação aos índices pluviométricos do que 2013, mas ainda assim estamos atravessando um momento delicado. Essa medida é um alívio muito grande para a população, porque levamos para a comunidade o que eles não têm onde buscar”, disse Edvaldo Nunes.

Como os recursos foram divididos para atender três meses de ações intensas, o coordenador explica que só após esse término é possível verificar se mais recursos serão solicitados pelo Estado. Segundo ele, os meteorologistas esperam uma quadra chuvosa, período referente aos meses de abril a julho, mais satisfatória que a do ano anterior. “O planejamento nós já temos, mas só a resposta desse comportamento do tempo vai dizer como será a estratégia do governo. O mais importante é amparar a população”, concluiu.

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