Governo x oposição: Nonô marca conversa com Renan para discutir sucessão

Governo x oposição: Nonô marca conversa com Renan para discutir sucessão

O vice-governador está animado com as chances de sua pré-candidatura ao governo: “as pesquisas a que tive acesso mostram que o quadro não está definido. Longe disso. Ninguém tem uma vantagem tão grande a ponto de definir antes do tempo a eleição. O jogo está aberto”, pondera.

A repercussão do seu nome, avalia Nonô, está melhor do que o esperado. “Tenho recebido muitas manifestações voluntárias de apoio, de amigos e de gente que não conheço”, reforça.

Com muito chão na política, Zé Thomaz sabe que o quadro está longe de ser definido. Por isso ensaia argumentos para convencer adversários de hoje que podem virar aliados amanhã: “sou o único que se eleito não vai concorrer à reeleição. Os demais tem projeto de poder para 8 anos, o que pode complicar a conversa. Eu só posso ficar 4 anos”, adianta.

Outro ponto a favor, avalia Nonô, é que ele é o único pré-candidato que pode fechar acordo com todas as correntes. “Eu converso com todo mundo. No almoço da AMA fiz questão de botar o Euclides Mello de um lado e o Ronaldo Lessa do outro”.

Recentemente Nonô conversou amistosamente com Fernando Collor e já tem uma conversa marcada com o presidente do Senado para os próximos dias. O papo com Renan Calheiros será sobre a sucessão de Téo Vilela e as eleições deste ano.

Meu prognóstico

Os dois vão falar sobre a possibilidade de aliança no primeiro ou no segundo turno. Do contrário não conversariam. O que favorece a conversa é o fato  de Nonô mesmo sendo governo não ter compromisso fechado com Téo Vilela. Os dois estiveram juntos em 2010, mas podem ficar em palanques opostos em 2014, assim como aconteceu em 2006.

Nonô tem um partido com bom tempo de TV (quase dois minutos) e boa densidade eleitoral. Ainda assim um acordo é improvável agora porque Nonô tem pouco a oferecer no momento e Renan Calheiros já tem problemas demais para manter o chapão unido.

O encontro servirá ao menos para amenizar feridas do passado. Em 1994 quando ganhou o Senado pela primeira vez, Renan precisou derrotar internamente Nonô no PMDB que tinha se filiado ao partido junto com Suruagy pensando virar senador. Deu no que deu. Desde então os dois nunca se entenderam

Mas hoje Renan e Nonô são políticos amadurecidos, que conseguem deixar de lado as rusgas do passado e sabem que cada eleição tem sua história.

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Edivaldo Junior

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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