Tem gente que ainda duvida do tamanho da crise que atinge o setor sucroalcooleiro Alagoas, responsável por 98% da balança comercial do Estado. Mas basta dar uma olhada nos dados do Ministério do Desenvolvimento para mudar de ideia.
Alagoas registrou exportações de apenas US$ 19,46 milhões em novembro – o pior resultado para o mês nas últimas décadas. Na comparação com igual mês de 2012, quando foram exportados US$ 130,53 milhões, a variação ficou negativa em -85,08%. Esse também foi o pior resultado do Brasil em novembro.
No acumulado de janeiro a novembro as exportações alagoanas somaram US$ 637,25 milhões. O tombo na comparação com os primeiros onze meses de 2012, quando foram exportados US$ 917,15 milhões é de -30,52%.
Pegue a calculadora: cerca de US$ 278 milhões – o que equivale a quase R$ 650 milhões em exportações – deixaram de circular na economia de Alagoas este ano somente por conta da crise nas usinas.
A queda nas exportações se reflete principalmente no caixa das usinas que começaram tardiamente a safra e a comercialização dos produtos no mercado externo. O fundo do poço ao que parece ainda não foi alcançado pelo setor em Alagoas.
Novos setores aliviam a crise
Alagoas só não está sentido fortemente a crise no setor sucroalcooleiro por conta da chegada de indústrias de outros setores ao estado. Empresas de construção, setor químico, comércio e serviços estão absorvendo em parte a mão de obra que está sobrando nos canaviais.
O governo federal também ajuda muito, com programas sociais e verbas de convênios, a amenizar o impacto da crise. Hoje a folha do INSS e do bolsa família respondem, juntas, por um terço da renda do alagoano. Depois conto melhor essa história.
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Edivaldo Junior
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