Pequena empresa se prepara para atender demanda do pré-sal

A costureira Rosa Maria Conceição Muratori, de 54 anos, é proprietária da confecção Kabataon, em Cubatão (SP), há seis anos. A empresa, que antes produzia uniformes para hospitais, escolas e restaurantes, mudou de rumo no ano passado e passou a atender também grandes indústrias de petróleo e gás.
O motivo: faturar com a alta demanda gerada pelos projetos do pré-sal — o leilão de Libra ocorreu no dia 21 de outubro .
“Estamos na expectativa do aumento das vendas, aguardando o crescimento do setor”, afirma com ansiedade a empresária, que faturou R$ 30 mil em 2012 e espera fechar o ano com R$ 50 mil.
Apesar da iminente vontade de crescer com o pré-sal, Rosa Maria admite que tem de aprimorar os conhecimentos em gestão e obter certificações para seus uniformes industriais o quanto antes — exigências de grandes empresas, como, por exemplo, a Petrobras.
Para preencher os requisitos da estatal, a empresária está participando de rodadas de negócios promovidas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP) especificamente para a demanda do pré-sal — qualificação oferecida desde o início deste ano. “Estou correndo atrás das exigências para vender mais e crescer junto com o Brasil”, afirma ela, que começou carreira como costureira há 15 anos.
Como Rosa Maria, muitos empresários brasileiros estão correndo contra o tempo para ateder os pedidos de grandes petroleiras. Segundo estimativas da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), das 2.500 empresas cadastradas, 50% são micro e pequenas (MPE). Esse também é o peso das MPE na cadeia do pré-sal, afirma Bruno Musso, superintendente da organização.
 Por IG

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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