Considerados os políticos mais influentes e poderosos de Alagoas da atualidade, o governador do estado, Teotonio Vilela Filho, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, são amigos do estilo bate e assopra.
Desde a eleição de 2010, quando ficaram em palanques separados, Renan e Téo tem alternado entre momentos em que encenam uma reaproximação até momentos em ensaiam o confronto.
Depois de dar sinais de reaproximação há alguns meses, os dois se afastaram e agora brigam em lados separados nos bastidores da eleição da nova mesa diretora da Assembleia Legislativa.
A eleição do novo presidente da Assembleia Legislativa só ocorreu nesta terça-feira, 19, por falta de entendimento com deputados do PMDB ou que estariam sob a influência direta do deputado estadual Olavo Calheiros e do próprio Renan.
“Não foi apenas o Téo Vilela que procurou deputados para tentar definir a eleição, o Renan Calheiros ligou pessoalmente para pelo menos quatro deputados pelo que soube, pedindo votos para Luiz Dantas. Além dos deputados do PMDB ele falou com vários parlamentares, inclusive com o Temóteo Correia pedindo que votem no Luiz Dantas”, revela um deputado que pediu para não ser identificado.
Nesse cenário, avalia o parlamentar em questão, além de Jeferson Morais, dois outros candidatos surgem com força para a eleição da próxima terça-feira: Ricardo Nezinho e Luiz Dantas. “Dependendo de consultas que foram feitas a Justiça ou de composições, a eleição se define na próxima semana. Tudo pode acontecer daqui prá lá”, avalia.
E porque Téo Vilela e Renan Calheiros estariam se “estranhando” nas eleições da ALE? “Não tenho a menor dúvida de que o que está em jogo agora, neste processo, é a eleição de 2014. O que eles querem é se fortalecer para a disputa do próximo ano”, diz o deputado.
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